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Transtornos neurocognitivos

  • Foto do escritor: Ana Luiza Faria
    Ana Luiza Faria
  • 9 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Por Ana Luiza Faria

Transtornos neurocognitivos

Os transtornos neurocognitivos representam um grupo de condições que afetam funções cerebrais essenciais, como memória, raciocínio e capacidade de tomada de decisões. Essas alterações podem ser resultado de lesões, doenças degenerativas ou mudanças associadas ao envelhecimento. A forma como esses transtornos se manifestam varia de acordo com o grau de comprometimento, podendo afetar tanto o desempenho cotidiano quanto as relações sociais e a autonomia. São condições complexas que exigem cuidados contínuos para proporcionar uma melhor qualidade de vida.


Entre essas disfunções, a demência se destaca por afetar profundamente as capacidades cognitivas. Indivíduos com demência costumam apresentar dificuldades progressivas em armazenar informações e realizar tarefas cotidianas. Essa perda gradual de habilidades impacta diretamente a forma como interagem com o ambiente, tornando necessário um acompanhamento cuidadoso por parte de familiares e cuidadores. No entanto, cada caso possui particularidades que exigem uma abordagem adaptada às necessidades específicas de cada pessoa.


Além da demência, outras condições podem surgir em consequência de lesões cerebrais traumáticas. Acidentes, por exemplo, podem desencadear mudanças permanentes ou temporárias nas funções do cérebro. A gravidade do trauma determina o tempo e o grau de recuperação, que pode ser lenta e gradual. Durante esse período, tanto o indivíduo quanto o seu ambiente precisam se adaptar, o que é fundamental para a retomada de uma rotina que permita o máximo de funcionalidade possível.


Fatores genéticos e ambientais também desempenham um papel relevante no desenvolvimento dessas disfunções cerebrais. A genética pode predispor alguns indivíduos a essas condições, enquanto fatores externos, como exposição a toxinas e hábitos de vida, podem acelerar o aparecimento dos sintomas. Compreender essa interação entre fatores internos e externos permite identificar maneiras de reduzir riscos e promover estratégias preventivas mais eficazes.


Outro quadro que requer atenção é o delirium, caracterizado por uma alteração súbita no estado mental, causando confusão e desorientação. Geralmente, esse fenômeno ocorre devido a infecções, cirurgias ou uso de determinadas substâncias, e sua rápida evolução demanda uma intervenção imediata. Identificar e tratar suas causas prontamente é essencial para evitar complicações graves e restaurar a clareza mental.


O Alzheimer é uma das formas mais comuns dessas disfunções cerebrais, deteriorando progressivamente a memória e outras funções mentais. Nos estágios iniciais, os sintomas podem ser sutis, com pequenos esquecimentos e dificuldades de concentração. Com o tempo, essas alterações tornam-se mais evidentes, impactando diretamente o dia a dia. Cuidar e oferecer suporte contínuo aos portadores dessa condição é fundamental para mitigar os desafios que surgem ao longo do tempo.


Essas condições podem alterar profundamente a forma como o indivíduo percebe o mundo ao seu redor. O ambiente, antes familiar, pode se tornar confuso, o que muitas vezes leva à frustração e isolamento. Nesse sentido, o papel do espaço físico é crucial, pois adaptar o ambiente para promover segurança e tranquilidade contribui para o bem-estar do indivíduo afetado. Pequenas mudanças no entorno podem gerar impactos significativos na qualidade de vida.


Além das alterações cognitivas, muitas vezes ocorrem mudanças no comportamento e no humor, como irritabilidade ou apatia. Essas modificações no controle emocional podem prejudicar a interação com os outros e consigo mesmo, tornando o quadro ainda mais complexo. A observação cuidadosa desses sinais comportamentais é importante, pois eles podem intensificar a dificuldade de adaptação do indivíduo ao ambiente e às suas limitações.


À medida que a idade avança, o risco dessas condições cognitivas aumenta, tornando a atenção ao envelhecimento saudável uma prioridade. Práticas cotidianas que envolvem estimulação mental e física, assim como hábitos saudáveis, podem ajudar a retardar o aparecimento de sintomas. Cuidar preventivamente da saúde cognitiva é uma das melhores formas de prolongar a funcionalidade mental, preservando a qualidade de vida na terceira idade.


Nesse contexto, a psicoterapia desempenha um papel essencial, tanto para os pacientes quanto para seus familiares. Por meio do acompanhamento especializado, é possível oferecer um espaço de acolhimento e suporte emocional, ajudando as pessoas a lidarem com os desafios diários e as dificuldades emocionais decorrentes da situação. Além disso, o suporte oferecido pode proporcionar ferramentas que ajudam a lidar com o impacto das perdas cognitivas, favorecendo uma melhor adaptação às novas realidades impostas pela condição.


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